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Corporativismo, o mal da polícia
Corporativismo, o mal da polícia
O Brasil acompanha atônito as notícias de ações desastrosas das polícias Militar de São Paulo e do Paraná, onde inocentes foram mortos a tiros por policiais despreparados no cumprimento da função. Felizmente, os comandos dessas instituições rapidamente se manifestaram condenando as ações e promovendo ações punitivas, como a expulsão. Isso foi possível devido à repercussão dos casos e destaque que à mídia deu.
Na verdade, outros tantos casos passam despercebidos e são encoberto pelo corporativismo, o maior mal das polícias no Brasil. Na maioria dos casos os polícias despreparados, bandidos e corruptos são preservados por inquéritos militares mal elaborados, por corregedorias incompetentes e omissas e por comandos que se negam a cortar o mal que se instala entranhas da polícia.
Isso acontece de norte a sul, da moderna Curitiba às miseráveis cidadezinhas das regiões mais pobres do país.
No Acre, por exemplo, teve o caso do oficial despreparado que promoveu uma sangrenta batalha contra a população em frente ao Palácio Rio Branco, no episódio que ficou conhecido como o Dia D. Depois disso, o oficial exerceu diversos cargos de confiança e se aposentou como coronel. Recentemente teve o caso do policial que atirou contra o carro do juiz federal Jair Facundes, estando este com seus filhos menores no interior do veículo. Ao invés de ser imediatamente afastado, vergonhosamente o policial recebeu salvo conduto do comando-geral e, até agora nem comando nem corregedoria se digna a divulgar que ações punitivas (se é que teve) foram tomadas.
Está em atos assim a impunidade policial. Foi a partir de fatos como esse que se formaram os esquadrões da morte e que tornaram poderosos Hildebrando, Alex e tantos outros PMs que mataram sem que nada fosse feito.
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