quarta-feira, 2 de abril de 2008

Tarefa de casa



Ser pai e mãe exige esforço maior do que apenas prover o alimento para os filhos. Às vezes tempos que dedicar a eles muito mais tempo do que realmente dispomos. Nesse caso, o jeito é improvisar para garantir aos filhos todo o auxílio que necessitam para um crescimento saudável, para um bom aprendizado escolar e para garantir que se tornem adultos honestos, éticos e felizes.

Com os meus dois filhos menores, o Lucas e a Juliana, é que estou aprendendo verdadeiramente o que é ser pai em tempo integral. Com a Paula, a minha filha mais velha, fui poupado pela presença constante e atuante de minha mãe, que a criou como filha. Sinto também que fui meio irresponsável com ela, pois garanto que ela precisava bem mais de minha presença do que da avó. O meu distanciamento dela foi um tanto involuntário e um tanto concedido. Mas o certo é que, revendo o passado, reconheço que deveria ter sido mais presente na vida da Paula.

Quanto à Juliana, essa que aparece na foto, tenho tentado com ela, evitar cometer os mesmos erros que cometi no passado. Tanto eu quanto a minha mulher, a Ângela, nos desdobramos para estar sempre presente em sua vida. Creio que a Ângela cumpre melhor essa tarefa do que eu, pois estou sempre trabalhado e passou poucas horas em casa.

Na foto postada acima (clique de Renata Brasileiro), Juliana faz recorte para uma tarefa de casa. Nesse dia ela me acompanhou no trabalho, pois sua mãe estava também trabalhando, o irmão estava na aula de Educação Física e não tinha ninguém para ficar com ela em casa.

Foi muito legal nesse dia. Dividi-me entre o computador do trabalho e a ajuda na tarefinha dela, lendo os textos e indicando como tudo deveria ser feito. A tarefa foi concluída com êxito e ela se sentiu satisfeita de tê-la feito tão bem. Outra imagem, que não foi registrada, mostraria muito bem a que custo foi feita a tarefa. A Juliana não é nada organizada (puxou a mim nesse quesito) e, por conta disso, minha sala ficou um lixo só. Eram recortes mil espalhados pelo chão, pela mesa e pelas cadeiras. Tinha cola em tudo que é lugar e, no final, senti falta de alguns documentos que até agora não sei onde foram parar. Mas tudo isso vale. São coisas assim que fazem a gente se sentir pai de verdade. Como diz a propaganda daquele cartão de crédito, momentos como esse não têm preço.

Um comentário:

GiselleXL disse...

e pelo visto ela tava se sentindo em casa! Mas não tem como não se sentir assim num lugar como esse aí..
xD