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Acreano e não acriano!
Com extrema rapidez vi muita gente adotar o termo sugerido pela reforma ortográfica versão 2009 para designar os nascidos nas belas terras do Acre. Diz a nova regra que o correto é grafar “acriano” e não “acreano”, como já estávamos acostumados há mais de um século a designar o nosso gentílico. Os argumentos são de que a nova grafia vai facilitar a comunicação entre os países de língua portuguesa, que eles chamam de “lusófonos”.
Sou contra. Pra mim vamos ser sempre acreanos. Do pé rachado ou não, mas acreanos. Não vou adotar.
O termo acreano faz parte da nossa cultura. Ele já resulta de uma incorreção quando o seringalista João Gabriel, reconhecidamente tabaréu, lá pelo fim do século XIX, não acertou escrever o nome “Aquiri” e abarcou “Acre”, conforme reza a lenda. O termo, mesmo errado, foi o que ficou e nos fez acreanos e não a “aquirianos”. Ora bolas, já somos acreanos há mais de século, então por que mudar agora?
É uma questão de identidade, coisa que uma norma, uma lei ou uma decisão de “iluminados” filólogos jamais vai mudar.
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